O principal objetivo do estudo apresentado essa semana foi comparar os dados antropométricos (peso, comprimento e circunferência da cabeça) da coorte de nascimentos BRISA, de Ribeirão Preto, com o padrão do Consórcio Internacional de Crescimento Fetal e Recém-nascido, chamado Intergrowth-21st. O estudo observou 7.702 recém-nascidos entre os dias 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2010.
A diferença de peso entre as crianças de Ribeirão Preto e da Intergrowth-21st foi pequena, mais acentuada nos recém-nascidos prematuros (a diferença média de peso entre as duas populações foi de + 266 gramas); para os recém-nascidos a termo a diferença média foi de + 66 gramas e para nascidos pós-termo de -113 gramas. Para comprimento, a variação média foi sempre menor do que 1 cm; enquanto que para perímetro cefálico os recém-nascidos pré-termo apresentaram variação maior do que 1 cm e os recém-nascidos a termo e pós-termo tiveram variação menor do que 1 cm. As taxas de detecção de pequeno e grande para idade gestacional foram de 2,9% e 4,3%, respectivamente. Stunting (baixa estatura) afetou 6,5% de todos os recém-nascidos e waisting (crianças com índices de massa corporal abaixo do percentil 3) 1,5%, com predomínio em meninas e em gestações a termo, sendo que ambas as condições estavam presentes em 0,4% da amostra.
Desse modo, os autores do estudo concluíram que os recém-nascidos de Ribeirão Preto, quando comparados com o padrão Intergrowth-21st, apresentaram-se mais pesados, mais longos e com maior circunferência craniana até chegarem a termo. Novamente, agradecemos a atenção e colaboração!