O artigo escolhido dessa semana fala sobre as mudanças na mortalidade neonatal e infantil e fatores associados em oito coortes de três cidades brasileiras, sendo alguns conceitos importantes para o seu entendimento. Mortalidade infantil corresponde ao número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, em determinado lugar e ano. Ela engloba a mortalidade neonatal (número de óbitos de 0 a 27 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, em determinado lugar e ano) e a mortalidade pós-neonatal (número de óbitos entre 28 dias e um ano de vida, em determinado lugar e ano). Natimortalidade é a relação entre o número de nascidos mortos e o total de nascimentos vivos e mortos ocorridos em um determinado local e ano. Mortalidade perinatal engloba a morte de fetos ocorrida a partir da 28a semana de gestação até os 27 dias depois do nascimento, em determinado lugar e ano.
Como mencionado, foram avaliadas oito coortes de nascimentos brasileiras, englobando 3 coortes de Ribeirão Preto/SP (realizadas nos anos de 1978/79, 1994 e 2010), duas coortes de São Luís/MA (realizadas nos anos de 1997/98 e 2010) e três coortes de Pelotas/RS (realizadas nos anos de 1982, 1993 e 2004). Lembrando que as coortes de 2010 de Ribeirão Preto e São Luís fazem parte do Projeto BRISA. Levando-se em conta todas essas oito coortes, foram avaliadas um total de 41.440 crianças. Os dados referentes às variáveis socioeconômicas e demográficas, assistência pré-natal e saúde perinatal foram obtidos por meio de questionários aplicados às mães e o peso ao nascer foi medido logo após o parto.
Continuem nos acompanhando. Em nossa próxima postagem conheceremos o efeito de importantes fatores de risco nas taxas de mortalidade infantil e neonatal!